domingo, 6 de janeiro de 2008

Apontar o dedo...

Ainda sinto o peso daquela afirmação (demasiadamente sincera e espontânea):
"A culpa é tua, o problema está em ti e não neles!"
Mas pensando bem, se calhar era isso mesmo que eu precisava ouvir.
Se calhar tens razão, o mais provável é que o problema seja meu.
E nunca tinha pensado dessa forma. E tens razão, o problema só pode ser meu.
Entrei no fim-de-semana a pensar qual é então o meu problema. Hum... deixa cá ver?
Sim, porque já agora gostava ao menos de o identificar (digo apenas identificar porque acho muito sincerramente que não o vou resolver...).
Tal como te disse, pensei em colocar um post para efectuar uma sondagem e encontrar uma causa provável. Mas depois pensei: "Como é que pessoas que não me conhecem, que muito casualmente vêm a este "Lugar Comum" vão saber qual é o meu problema?"
E continuei na minha introspecção de fim-de-semana. Felizmente não precisei mais de que um dia para encontrar a resposta, que afinal de forma inconsciente já a conhecia. Mas sabes, há coisas difíceis de reconhecer...
E fica aqui a minha conclusão, que não é mais do que uma justificação para os meus "dissabores amorosos".
Na verdade só atrai-o ou deixo "aproximar" homens que nada têm a ver comigo pela simples razão que sei que a esses nunca me vou entregar, com esses nunca nada vai acontecer. É apenas mais uma forma que eu encontrei para "fugir ao amor". Esses não representam perigo, porque sei que nunca vão despertar em mim qualquer sentimento que os possa tornar em candidatos a partilhar a minha vida. Com esses permito que haja troca de olhares, troca de mensagens, brincadeiras, galanteios e aproximações. Com esses "casos" ensaio emoções que tenho medo de viver. Àqueles que para mim representam "perigo" por serem possíveis amores tudo lhes é negado. Não alimento uma troca de olhares, não respondo às mensagens, não entro em brincadeiras, não permito aproximações. E fujo... é mais fácil dizer que ainda não encontrei a pessoa certa!
E assim o que resta? Esta lista de "pretendentes" tão insólita! Que afinal é culpa minha, tal como dizes. Mais uma vez tens razão. É por isso que eu presto tanta atenção no que dizes, embora por vezes não pareça. És o homem mais sensato que conheço, tenho de admitir.
Mas depois desta conclusão, ainda assim fiquei a pensar...
E conclui que também há o inverso, o outro extremo. Quem se entregue de forma consciente e até voluntariosa a quem nada tem a ver apenas para garantir a "vivência de um amor". Quem permita a troca de olhares, mensagens e encontros para apenas realizar uma etapa da vida, uma "falsa" vida a dois. Que fica tão bem no enquadramento da sociedade e que permite fugir a uma vida de solidão (tal como eu fujo de uma vida a dois).
E fiquei a pensar... nenhuma destas situações é melhor que a outra. Ambas estão erradas...
Certo seria ir em busca e lutar por um amor verdadeiro, encher a vida de emoções e ter coragem de viver um amor intenso e partilhado. Afinal nestes dois casos há uma coisa em comum: a falta de coragem de viver um amor verdadeiro.

4 comentários:

A menina do bairro disse...

e digo-te mais vivemos as duas na escuridão!

A menina do bairro disse...

e mais ainda...fujo da solidão mas vivo no meio dela!

beijos e ate amanha

Manuela Peixoto disse...

conseguir fazer uma introspecção e descobrir qual é o nosso problema já revela mta coragem! a resolução dos problemas começa com a busca das suas causas! beijinho

Irmão Azul disse...

Gostei do seu blog, não deixe de exteriorizar os seus sentimentos, amores, paixões e porque não derrotas, pois diante de todo essas vivências, outras mais virão, porém com bases formadas para lhe tornar mais vitoriosa diante de seus caminhos.
Muita luz pra ti.